domingo, 13 de dezembro de 2015

Fazendeiro de Lavras

Botas marrons. Chapéu. Cinto. Camisa xadrez. Um cavalo e o cavaleiro. Cheiro de mato,fazenda,leite de vaca. Alguns animais como sapo,boi e pato. Muita lama. E um riacho.

 

 Alguns maços de cigarro e pinta de garoto mau. Bebida,sorriso malandro,olhos cor de mel e pele lisa. Talvez apenas um moleque,ou um grande homem. 

 

E lá se vai ele,embora para a sua terra,tocar o seu berrante e chamar o gado pra dormir. Lá se foi ele,em um misto de cores no céu,em meio a um turbilhão de emoções,partindo pra sua cidade. Voltando pra sua rotina. Fazendeiro.

 

A garota deita em seu travesseiro e imagina aquele cara que conheceu. Talvez só mais um viajante,digno de passagem em seu coração.

 

 E embora a proximidade de suas cidades,o futuro é tão incerto quanto a plantação na roça.

 

 Cana brava,jeito travesso e sotaque de palpitar. O que resta são as lembranças de um dia em seu peito,ela ter a chance de deitar. 

 

Até um dia peão de boiadeiro! Nessas rodas de viola dessa vida,ao sol nascente,encontre-a ou a deixe te encontrar.

 

-Samira Sade

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